O Projeto de Lei Complementar nº 4.277/2018, de autoria do poder executivo municipal, foi enviado para a Câmara de Parnaíba e aprovado recentemente. Este autorizou o prefeito Mão Santa, a criar mais de 200 cargos em comissão com a função de assessor escolar. Enquanto municípios de todo o país “enxugam” a folha de pagamento para controlar as finanças públicas, Parnaíba segue na contramão.
Vereadores, entre eles, Fátima Carmino e Daniel Miranda, ainda ponderaram sobre o projeto. A parlamentar fez um pedido de vista, justificando que o PL não possuía a formação dessas pessoas que deverão assumir esses cargos. Disse também que, é importante estar atento às pessoas que são colocadas dentro das escolas para auxiliar nos cuidados com crianças e adolescentes. Já Daniel Miranda disse que seria uma boa oportunidade para a Prefeitura realizar um processo seletivo para o preenchimento das vagas. Os dois vereadores foram duramente rebatidos pelos vereadores da base do prefeito.
Estranho que, mesmo alegando crise para cumprir algumas obrigações, o prefeito manda para a Câmara, fora outros pedidos que implicam em verbas, a criação de cargos, fato que não corresponde à realidade da Prefeitura da cidade que nem mesmo tem remédios nos postos de saúde e merenda escolar para atender as demandas dos alunos da rede pública municipal.
Trata-se de uma séria comprovação da inexistência de dinheiro para manter o básico nos setores, o que era cobrado com veemência do ex-prefeito, deixando agora uma conotação de que tudo que este prefeito faz, pode, com anuência dos vereadores da base na Câmara.
Por Tacyane Machado
