De janeiro a junho deste ano já são 28 assassinatos de mulheres no Piauí, sendo 15 mortes em Teresina. Em 2015 foram mortas 67 mulheres no Piauí, sendo 25 em Teresina. Em 2016, 54 mulheres foram mortas no estado, sendo 13 na capital. O aumento dos casos de violência contra a mulher foi tema de uma reunião com representantes de diversos órgãos públicos estaduais e da sociedade, que serviu para a reestruturação da Câmara Técnica Estadual de Monitoramento do Pacto de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, na manhã desta segunda-feira (24), no Palácio de Karnak.
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| Mulheres reunidas no Palácio de Karnak |
A governadora em exercício, Margarete Coelho, presidiu o encontro. A Câmara Técnica tem como objetivo propor, elaborar e monitorar as ações específicas direcionadas ao atendimento da mulher, seja na educação, saúde, assistência social, segurança. “A Câmara tem por finalidade promover ações, políticas públicas voltadas para a proteção, o acolhimento e a prevenção da violência, mas também para a potencialização do sujeito mulher enquanto cidadã”, explicou a delegada de Polícia Civil, Eugênia Vila.
A Coordenadoria de Políticas Públicas para Mulheres (CPPM) vem ganhando destaque pelas ações implantadas nos últimos meses, como a criação da Delegacia de Feminicídios e o Plantão de Gênero 24h, além de ferramentas tecnológicas como o aplicativo Salve Maria, sendo referência no Fórum Brasileiro de Segurança Pública, realizado na semana passada em São Paulo, da qual participaram várias mulheres do Piauí, inclusive a governadora Margarete Coelho.
Segundo foi colocado durante a reunião, o Núcleo Central de Estatística e Análise Criminal da Polícia Civil do Piauí, levantou que 6 mil mulheres foram atendidas pelas delegacias especializadas de 2016 até junho de 2017. Os dados apontam que a idade média das mulheres que procuram o atendimento é de 30 a 34 anos seguida de 25 a 29 anos. Uma nova reunião foi agendada para o dia 9 de agosto.
A maior incidência de violência contra a mulher acontece aos domingos - 21,08% dos casos - no período noturno. Desses, 88% das vítimas de assassinato são negras e 23% delas jovens. Em Teresina, os bairros com maior ocorrência de casos são, pela ordem: Angelim, Dirceu Arcoverde, e Santa Maria da Codipi
Fonte:Piauihoje
